EM SÃO MIGUEL O ANJO

segunda-feira, 30 de maio de 2016

PEDAL NOVO EM SANTIAGO


O caminho que trilhamos,
Há muito entre os primeiros;
É Pedal Novo que criamos,
Entre amigos, companheiros.                                                    Caminho de Santiago 2016


Solidários, acreditamos,
Nas rotas de aventureiros;
Esta equipa em que apostamos,
É entusiasta de obreiros.

Os pedais que pedalamos,
Por montes, campos outeiros;
São da alma que criamos,
Como a água dos ribeiros.

Todos com todos contamos                                   
Entre os quatro pedaleiros
Quando juntos bem estamos,
Vão de Baik os caminheiros.


José Faria

quinta-feira, 19 de maio de 2016

FADOS DA DESGRAÇA DEVERIAM SER BANIDOS


FADOS DE CHORADINHO


TRISTE SINA

Quando ela passa,
Seus olhos cheios de graça,
Dizem bem como a desgraça,
Lhe roubou a formusura.

Essa infeliz,
Com quem brinquei em petiz,
Casar comigo não quis,
Hoje vive na amargura.

Morreu-lhe a mãe,
Por sua infelicidade,
E hoje percorre a sina,
É tão triste a sina sua.

Disse-me alguém,
Que a linda Rosa Maria,
Da rua da Banharia,
É a triste flor da rua.

Passando um dia
Numa certa leitaria
Da rua da Banharia
Cheia de dor e emoção;

Meu coração,
Palpitou de comoção,
Ao ouvir esta canção,
Lá do fundo de uma mesa:

Ó meu amor,
Eu sou uma desgraçada,
Minha sina malfadada,
Não me deixou ser só tua;

Mas por favor,
Fazes que não me conheces
E decerto desconheces,
A mulher que já foi tua.

(Autor desconhecido) – (Há + de 40 anos nas minhas mãos)



CÁ ESTÁ O OUTRO LADO DA MOEDA, TANTAS VEZES VÍTIMA DO FADISTA, NA VIVÊNCIA E NO FADO, DAS FARRAS E DAS BEBEDEIRAS E OUTRAS DROGAS

                  PERDIÇÃO

Quando ele passa,
Quase sempre vai c’o  a nassa;
Sua vida é uma desgraça,
Pendurado na bebida.


Esse homenzinho,
Foi meu namoro em menino;
Já perdeu o seu caminho,
No prazer de bebedeiras.


Perdeu o emprego,
Já nem sabe trabalhar,
Vive só a deambular,
Não tem família nem lida.


Esse homenzinho,
Que já foi meu amorzinho,
Perdeu rumo ao seu caminho,
Fez sua existência ferida.


Perdeu o emprego,
Já nem sabe trabalhar,
Vive só a deambular,
Não tem família nem lida.


Quando ele passa,
Quase sempre vai c’o  a nassa;
Sua vida é uma desgraça,
Pendurado na bebida.


Perdeu o tino,
Deambula sem destino;
Na valeta do caminho
Foi encontrado sem vida.

12/05/2016
José Faria